DIA/13/11/ 1943 | Criada a FEB, Força Expedicionária Brasileira


A Força Expedicionária Brasileira, conhecida pela sigla FEB, foi a força militar brasileira de 25.334 homens que lutou ao lado dos Aliados na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. Constituída inicialmente por uma divisão de infantaria, acabou por abranger todas as forças militares brasileiras que participaram do conflito. Adotou como lema "A cobra está fumando", em alusão ao que se dizia à época que era "mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na guerra".

Contexto histórico
Uma Cia do III Batalhão do 11º Regimento de Infantaria da Força Expedicionária Brasileira na II Guerra Mundial.
Em 1939, com o início da Segunda Guerra Mundial, o Brasil manteve-se neutro, numa continuação da política do presidente Getúlio Vargas de não se definir por nenhuma das grandes potências, somente tentando se aproveitar das vantagens oferecidas por elas. Tal "pragmatismo" foi interrompido no início de 1942, quando os Estados Unidos convenceram o governo brasileiro a ceder a ilha de Fernando de Noronha e a costa nordestina brasileira para o recebimento de suas bases militares. A partir de janeiro do mesmo ano começa uma série de torpedeamentos de navios mercantes brasileiros por submarinos ítalo-alemães na costa litorânea brasileira, numa ofensiva idealizada pelo próprio Adolf Hitler, que visava isolar o Reino Unido, impedindo-o de receber os suprimentos (equipamentos, armas e matérias-prima) exportados do continente americano, como consta nos diários de Joseph Goebbels, suprimentos estes vitais para o esforço de guerra aliado e que, sabiam que os alemães iriam abastecer à partir de 1942, pelo Atlântico norte, principalmente a então União Soviética.
Tinha também por objetivo a ofensiva submarina do eixo em águas brasileiras intimidar o governo brasileiro a se manter na neutralidade, ao mesmo tempo que seus agentes no país e simpatizantes fascistas brasileiros, pejorativamente denominados pela população pela alcunha de Quinta coluna, espalhavam boatos que os afundamentos de navios mercantes seriam obra dos anglo-americanos interessados em que o país entrasse no conflito do lado aliado.
Fragata da marinha brasileira enfrentando um submarino alemão.
No entanto, a opinião pública não se deixou confundir, comovida pelas mortes de civis e instigada também pelos pronunciamentos provocativos e arrogantes, emitidos pela Rádio de Berlim, passou a exigir que o Brasil reconhecesse o estado de beligerância com os países do eixo. O que só foi oficializado em 22 de agosto do mesmo ano, quando foi declarada guerra à Alemanha nazista e a Itália fascista. Após a qual, diante da contínua passividade do então governo, a mesma opinião pública passa a se mobilizar para o envio à Europa de uma força expedicionária como contribuição à derrota do fascismo.
Porém só quase dois anos depois, em 2 de julho de 1944, teve início o transporte do primeiro escalão da Força Expedicionária Brasileira, sob o comando do general João Batista Mascarenhas de Morais, com destino à Nápoles. As primeiras semanas foram ocupadas se aclimatando ao local, assim como recebendo o mínimo equipamento e treinamento necessário, sob a supervisão do comando estadunidense, ao qual a FEB estava subordinada, já que a preparação no Brasil demonstrou ser deficiente,[1] apesar dos quase 2 anos de intervalo entre a declaração de guerra e o envio das primeiras tropas a frente.
Embora o Brasil já tivesse declarado guerra, estava completamente despreparado para o conflito. A Aeronáutica estava apenas começando a se modernizar, com aviões de fabricação americana. A Marinha tinha uma série de velharias, pouco aptas a combater submarinos. O Exército também estava mal-equipado e, ainda por cima, todo o seu treinamento tinha sido feito por uma missão do exército francês, que adotava concepções bastante antiquadas. Eis como definiu a situação Demócrito Cavalcanti de Arruda (que na Itália, seria ferido em Montese): "Aviação inexistente. Algumas dezenas de aparelhos estrangeiros, antiquados, sem campo de pouso, sem oficinas de conserto e pessoal de serviço. O Exército era outra salada mista: canhões de campanha franceses, sobras de guerras anteriores, metralhadoras francesas e dinamarquesas. Artilharia de costa norte-americana, artilharia alemã e fuzis alemães. Assim, a Força Expedicionária Brasileira, FEB, teve que ser criada do zero, com material americano.
Os brasileiros constituíam uma das vinte divisões aliadas presentes na frente italiana naquele momento, uma verdadeira torre de Babel, constituída por estadunidenses (incluindo as tropas segregadas da 92ª e 442ª divisão, formadas por afro-descendentes e nipo-descendentes respectivamente, comandadas por oficiais brancos), italianos antifascistas, exilados europeus (poloneses, tchecos e gregos), tropas coloniais britânicas (canadenses, neozelandeses, australianos, sul-africanos, indianos, quenianos, judeus e árabes) e francesas (marroquinos, argelinos e senegaleses), em uma diversidade étnica que muito se assemelhava à da frente francesa em 1918.
A FEB foi integrada ao 4º corpo do exército estadunidense[2], sob o comando do general Willis D. Crittenberger, este por sua vez adscrito ao V exército dos Estados Unidos, comandado pelo general Mark W. Clark.
Campanha
Força Expedicionária Brasileira nos Apeninos - Itália,1945.
A FEB entrou em combate em meados de setembro de 1944 no vale do rio Serchio, ao norte da cidade de Lucca. As primeiras vitórias da FEB ocorreram já em setembro, com as tomadas de Massarosa, Camaiore e Monte Prano. Só no final de outubro, na região de Barga, a FEB sofreu seus primeiros reveses. Devido ao sucesso da campanha em setembro e início de outubro, no final de novembro a FEB foi incumbida de sozinha tomar o complexo formado pelos montes Castello, Belvedere e seus arredores, no espaço de alguns dias. Seu comandante alertou ao comando do V exército estadunidense que tal missão era inviável de ser executada pelo efetivo de apenas uma divisão, o que já havia sido demonstrado em tentativas fracassadas por parte de outros efetivos aliados, e que para obter sucesso em tal empreitada seria necessário o ataque conjunto de duas divisões simultaneamente à Belvedere, Della Torraccia, Monte Castello e à Castelnuovo[3] o que, mesmo assim, alertava o comando brasileiro, não poderia ser levado a cabo em menos de uma semana. No entanto, o argumento do comandante brasileiro só foi aceito após o fracasso de mais duas tentativas, desta vez efetuadas pelos brasileiros, uma em novembro e outra em dezembro.
Rubem Braga (o 1º de pé, à esquerda) como correspondente de guerra em 1944.
Durante o rigoroso inverno entre 1944 e 1945, nos Apeninos a FEB enfrentou temperaturas de até vinte graus negativos, não contando a sensação térmica. Muita neve, umidade e contínuos ataques de caráter exploratório por parte do inimigo, que através de pequenas escaramuças procurava tanto minar a resistência física, quanto a psicológica das tropas brasileiras, não acostumadas as baixas temperaturas. Condições climáticas e reações físicas que somavam aos mais de três meses de campanha ininterrupta, sem pausa para recuperação,[4] como também testar possíveis pontos fracos no setor ocupado pelos brasileiros para uma contra-ofensiva no inverno.
Entretanto, neste aspecto, a atitude involuntariamente agressiva das duas tentativas de tomar Monte Castello no final de 1944, somada à atitude voluntária de responder às incursões exploratórias do inimigo no território ocupado pela FEB, com incursões exploratórias da FEB realizadas em território inimigo, fez com que os alemães e seus aliados escolhessem outro setor da frente italiana, ocupada pela 92ª divisão estadunidense, para sua contra-ofensiva.
Patrulha da FEB recebendo instruções de seu comandante, próxima a Monte Castello (Setembro de 1944).
Entre o fim de fevereiro e meados de março de 1945, como havia sugerido o comandante da FEB, se deu a Operação Encore, um avanço em conjunto com a recém-chegada 10ª divisão de montanha estadunidense. Assim, foram finalmente tomados, entre outras posições, por parte dos brasileiros, Monte Castello e Castelnuovo, enquanto os americanos tomavam Belvedere e Della Torraccia. Com estas posições no poder dos Aliados, pode-se iniciar a ofensiva final de primavera, na qual em abril a FEB tomou Montese e Collecchio. A conquista destas posições pela divisão brasileira e a divisão de montanha estadunidense neste setor secundário, mas vital, possibilitou que as forças sob o comando do VIII exército britânico, mais à leste no setor principal da frente italiana, se vissem finalmente livres do pesado e constante fogo de artilharia inimiga, que partia daqueles pontos, podendo assim avançar sobre Bolonha ultrapassando as linhas de defesa nazi-fascistas no norte da Itália, a chamada Linha Gótica, após oito meses de combate.
O general alemão Otto Fretter-Pico se entregando a FEB.
Na 2ª semana de abril iniciou-se a fase final da ofensiva de primavera com o intuito de romper definitivamente esta linha de defesas, que recuara mas impedia o avanço das tropas aliadas na Itália rumo à Europa Central desde setembro do ano anterior. No setor do IV corpo do V exército americano, ao qual a FEB estava incorporada, no 1º dia da ofensiva após sem grandes dificuldades ter sustado o ataque aliado principal naquele setor, efetuado pela 10ª Divisão de Montanha americana, causando expressivas baixas naquela unidade estadunidense; os alemães cometeram um erro ao considerar o ataque brasileiro à Montese ( que no mesmo utilizou seus carros de combate M8 e tanques Sherman M4 ); como sendo o principal alvo aliado naquele setor; tendo por conta disso disparado somente contra a FEB cerca de 1800 tiros de artilharia ( 64% ) do total dos 2800 tiros empregados contra todas as 4 divisões aliadas naquele setor da frente italiana[5], nos dias de luta que se seguiram pela posse daquela localidade ( no que foi o combate mais sangrento travado pela FEB ). Com a fracassada tentativa alemã de retomar Montese e o consequente avanço das tropas das 10ª divisão de montanha e 1ªdivisão blindada estadunidenses, efetivou-se o desmoronamento das defesas germânicas naquele setor central, do ponto de vista geográfico, embora secundário estrategicamente, ficando claro a impossibilidade por parte das tropas alemãs de manterem à partir daquele momento a linha gótica, tanto no setor terciário à oeste, próximo ao Mar da Ligúria, quanto no setor principal à oeste, próximo ao Mar Adriático[6].
Ao final daquele mês, em Fornovo di Taro, numa manobra perfeita em uma jogada ousada de seu comandante, os efetivos da FEB que se encontravam naquela região em inferioridade numérica cercaram e, após combates oriundos da infrutífera tentativa de rompimento do cerco por parte do inimigo seguidos de rápida negociação, obtiveram a rendição de duas divisões; a 148ª divisão de infantaria alemã (com muitos soldados experientes em combate vindos do front russo), comandada pelo general Otto Fretter-Pico e os efetivos remanescentes da divisão bersaglieri italiana, comandada pelo general Mario Carloni. Isso impediu que essas unidades, que se retiravam da região de La Spezia e Gênova, região esta que havia sido liberada pela 92ª divisão estadunidense, se unissem às forças ítalo-alemãs da Ligúria, que as esperavam para desfechar um contra-ataque contra as forças do V exército americano, que avançavam, como é inevitável nestas situações, de forma rápida, porém difusa e descoordenada, inclusive do apoio aéreo, tendo deixado vários clarões em sua ala esquerda e na retaguarda. Muitas pontes ao longo do rio Pó foram deixadas intactas pelas forças nazi-fascistas com esse intento. O comando dos exércitos C alemão, que já se encontrava em negociações de paz em Caserta há alguns dias com o comando Aliado na Itália, esperava com isso obter um triunfo a fim de conseguir melhores condições para rendição. Os acontecimentos em Fornovo di Taro involuntariamente impediram a execução de tal plano tanto pelo desfalque de tropas, como pelo atraso causado, o que aliado às notícias da morte de Hitler e tomada final de Berlim pelas forças do Exército Vermelho, não deixou ao comando alemão outra opção senão aceitar a rápida rendição de suas tropas na Itália.[7] Em sua arrancada final, a FEB ainda chegou a cidade de Turim, e em 2 de maio de 1945, na cidade de Susa, onde fez junção com as tropas francesas na fronteira franco-italiana.

P47 - Senta a Pua.
O Brasil perdeu nesta campanha mortos diretamente em combate, cerca de quatrocentos e cinquenta praças e treze oficiais, além de oito oficiais-pilotos da Força Aérea Brasileira. A divisão brasileira ainda teve cerca de duas mil mortes devido a ferimentos de combate e mais de doze mil baixas em campanha por mutilação ou outras diversas causas que os incapacitaram para a continuidade no combate[8]. Tendo assim, somadas as substituições, turnos e rodízios, dos cerca de vinte e cinco mil homens enviados, mais de vinte e dois mil participado das ações. O que, incluso mortos e incapacitados, deu uma média de 1,7 homens usados para cada posto de combate, um grau de aproveitamento apreciável se comparado à outras divisões que estiveram o mesmo tempo em campanha em condições semelhantes.
Ao final da campanha, a FEB havia aprisionado mais de vinte mil soldados inimigos, quatorze mil, setecentos e setenta e nove só em Fornovo di Taro, oitenta canhões, mil e quinhentas viaturas e quatro mil cavalos. Segundo o historiador norte-americano Frank McCann,[9] o Brasil foi convidado a integrar a força de ocupação da Áustria.[10]
Em 6 de junho de 1945, o Ministério da Guerra do Brasil ordenou que as unidades da FEB ainda na Itália se subordinassem ao comandante da primeira região militar (1ª RM), sediada na cidade do Rio de Janeiro, o que, em última análise, significava a dissolução do contingente. Mesmo com sua desmobilização relâmpago, o regresso da FEB após o final da guerra contra o fascismo precipitou a queda de Getúlio Vargas e o fim do Estado Novo no Brasil.
Em 1960, as cinzas dos brasileiros mortos na campanha da Itália foram transladadas de Pistoia para o Brasil, e hoje jazem no monumento aos mortos que foi erguido no Aterro do Flamengo, zona sul da cidade do Rio de Janeiro, em homenagem e lembrança aos sacrifícios dos mesmos.
Participação da Força Aérea Brasileira na Campanha da Itália
Sumário estatístico
Total das Operações [11]
Total de missões executadas 445
Total de saídas ofensivas 2.546
Total de saídas defensivas 4
Total de horas de voo em operações de guerra 5.465
Total de horas de voo realizadas 6.144
Total de bombas lançadas 4.442
Bombas incendiárias (FTI) 166
Bombas de fragmentação (260 lb) 16
Bombas de fragmentação (90 lb) 72
Bombas de demolição (1000 lb) 8
Bombas de demolição (500 lb) 4.180
Total aproximado de tonelagem de bombas 1.010
Total de munição calibre 50 1.180.200
Total de foguetes lançados 850
Total de litros de gasolina consumida 4.058.651
Total das Operações [11]

Destruídos Danificados
Aviões 2 9
Locomotivas 13 92
Transportes motorizados 1.304 686
Vagões e carros tanques 250 835
Carros blindados 8 13
Viaturas de tração animal 79 19
Pontes de estradas de ferro e de rodagem 25 51
Pontes em estradas de ferro e de rodagem 412 –
Plataformas de triagem 3 –
Edifícios ocupados pelo inimigo 144 94
Acampamentos 1 4
Postos de comando 2 2
Posições de artilharia 85 15
Alojamentos 3 8
Fábricas 6 5
Instalações diversas 125 54
Usinas elétricas 5 4
Depósitos de combustível e munição 31 15
Depósitos de material 11 1
Refinarias 3 2
Estações de radar – 2
Embarcações 19 52
Navios – 1
Participantes Ilustres da FEB


Homenagem aos pracinhas brasileiros na Segunda Guerra, em Belo Horizonte.
Serviram na Força Expedicionária Brasileira pessoas dos mais variados extratos sociais. Alguns, nos anos seguintes desempenhariam diretamente papéis de destaque na vida política, social e cultural brasileira. Outros, indiretamente como pais, educadores ou profissionais, que em suas respectivas áreas influenciaram por aceitação ou oposição personalidades das gerações posteriores. Citamos por ordem alfabética alguns dos seguintes nomes:
• Camilo Cola - empresário e político fundador do Grupo Itapemirim
• Albuquerque Lima - Ministro do Interior entre 1967 e 1969.
• Antônio Matogrosso Pereira - Militar de carreira do exército e pai do cantor e showman Ney Matogrosso.
• Celso Furtado - Intelectual e economista da CEPAL, criador da SUDENE e Ministro do Planejamento no governo João Goulart.
• Clarice Lispector - Escritora, atuou como voluntária junto ao corpo de enfermeiras da FEB[12].
• Golbery do Couto e Silva - Ministro da Casa Civil entre 1974 e 1981.
• Hugo Abreu - Ministro da Casa Militar entre 1974 e 1978.
• Humberto de Alencar Castello Branco - Presidente do Brasil entre 1964 e 1967.
• Jacob Gorender - Escritor, militante político e um dos fundadores do PCBR.
• Octavio Costa - Idealizador das campanhas publicitárias do Regime Militar no período Médici.
• Osvaldo Cordeiro de Farias - Governador de Pernambuco entre 1955 e 1959.
• Perácio - Jogador de futebol carioca, nacionalmente famoso nos anos de 1940.
• Poli - Músico profissional, já reconhecido no meio artístico quando convocado. Multinstrumentista que influenciou nomes da MPB nos anos de 1960.
• Salomão Malina - Presidente nacional do PCB entre 1987 e 2001.
Ligações da FEB com Unidades Militares atuais



Filme de propaganda americano Brazil at War, apontando a similaridade entre os dois países em 1943 (em inglês).
• 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária
Atualmente é a 1ª Divisão de Exército - Vila Militar de Deodoro - Rio de Janeiro - RJ
• Companhia do Quartel General
Banda de Música Divisionária - Formada por militares da várias Unidades e de "Tropa Especial", organizado à base da mobilização de policiais da Guarda Civil de São Paulo - Atualmente a Companhia de Comando da 1ª Divisão de Exército - Vila Militar de Deodoro - Rio de Janeiro;
A Guarda Civil, ou Força Pública desmembrou-se em Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Científica do Estado de São Paulo;
Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo - Bairro da Luz São Paulo;
Banda de Música da 1ª Divisão de Exército.
• 9º Batalhão de Engenharia
Formado pelo 9º Batalhão de Engenharia de Combate Batalhão Carlos Camisão, Aquidauana-MS, e pelos Sargentos da Companhia Escola de Engenharia - Rio de Janeiro - Atualmente o 9º Batalhão de Engenharia de Combate permanece na cidade de Aquidauana;
Posteriormente a Companhia Escola de Engenharia passou à denominação de 9ª Companhia de Engenharia de Combate (Escola) e na década de 1990 transformou-se na 1ª Companhia de Engenharia do 1º Batalhão de Engenharia de Combate - Batalhão Vilagran Cabrita, o qual passou a se chamar Batalhão Escola de Engenharia.
• 1º Regimento de Infantaria
Atualmente o 1º Regimento de Infantaria tornou-se o 1º Batalhão de Infantaria Motorizado (Escola) – Regimento Sampaio, pertencente ao Grupamento de Unidades-Escola/9ª Brigada de Infantaria Motorizada situado na Vila Militar de Deodoro, no Rio de Janeiro - RJ;
• 6º Regimento de Infantaria
Atualmente o 6º Regimento de Infantaria tornou-se o 6º Batalhão de Infantaria Leve Regimento Ipiranga, pertencente à 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel), situado na Cidade de Caçapava - SP.
• 11º Regimento de Infantaria
Atualmente o 11º Regimento de Infantaria tornou-se o 11º Batalhão de Infantaria de Montanha Regimento Tiradentes, pertencente à 4ª Brigada de Infantaria Motorizada e está situado na Cidade de São João del-Rei - MG.
• 1º Esquadrão de Reconhecimento
Formado pelo 3º Esquadrão de Reconhecimento e Descoberta do 2º Regimento Moto-Mecanizado e por militares do Esquadrão Escola de Cavalaria - Atualmente o 1º Esquadrão de Cavalaria Leve Esquadrão Ten Amaro, Valença-RJ. Na guerra do Esquadrão foi comandado pelo então Tenente Plínio Pitaluga. No retorno da Guerra o Capitão Pitaluga é nomeado comandante do 9º Esquadrão de Cavalaria Mecanizada (Escola) e na década de 1990 transformou-se no 1º Esquadrão do 2º Regimento de Cavalaria de Guardas Regimento Andrade Neves, o qual passou a se chamar Regimento Escola de Cavalaria - Rio de Janeiro - RJ. Regimento Pitaluga
• Pelotão de Polícia
Formada por militares da várias Unidades e de "Tropa Especial", organizado à base da mobilização de policiais da Guarda Civil de São Paulo - Atualmente o 1º Batalhão de Polícia do Exército - Rio de Janeiro - RJ.
• 1º Batalhão de Saúde
Atualmente o 21º Batalhão Logístico – Batalhão Oswaldo Cruz - Rio de Janeiro - RJ.
• 1ª Companhia de Transmissões
Formada por militares da várias Unidades e de "Tropa Especial", organizado à base da mobilização de policiais da Guarda Civil de São Paulo - Atualmente o 1º Batalhão de Comunicações de Exército Batalhão Barão de Capanema, denomina-se Batalhão Escola de Comunicações.
• 1ª Companhia Leve de Manutenção e 1ª Companhia de Intendência
Formadas por militares da várias Unidades e da "Tropa Especial", organizado à base da mobilização de policiais da Guarda Civil de São Paulo - Atualmente o 19º Batalhão Logístico Batalhão Marechal Bittencourt, é o herdeiro das tradições das 1ª Companhia Leve de manutenção e 1ª Companhia de Intendência; - Rio de Janeiro-RJ.
• Artilharia Divisionária Expedicionária
Atualmente a Artilharia Divisionária (1ª Divisão de Exército) - AD Cordeiro de Farias, Rio de Janeiro-RJ.
Bateria de Comando da Artilharia Divisionária Expedicionária
Atualmente a Bateria de Comando da Artilharia Divisionária da 1ª Divisão de Exército, Rio de Janeiro-RJ.
I Grupo Obuses 105
Atualmente o 1º Grupo de Artilharia de Campanha de Selva – Regimento Floriano, Marabá-PA.
II Grupo de Obuses 105
Atualmente o 21º Grupo de Artilharia de Campanha - Grupo Monte Bastione, Rio de Janeiro-RJ.
III Grupo Obuses 105
Atualmente o 20º Grupo de Artilharia de Campanha Leve - Grupo Bandeirante, Barueri-SP.
IV Grupo de Obuses 155
Atualmente o 11º Grupo de Artilharia de Campanha - Grupo Montese, Vila Militar de Deodoro - Rio de Janeiro-RJ.
Associação dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira


Monumento à FEB, em Araxá.


Detalhe da inscrição do monumento à FEB, em Araxá.


Praça Heróis da FEB, no bairro de Santana, zona norte de São Paulo.
A Associação dos Veteranos da FEB foi organizada para manter viva a história da participação brasileira na Segunda Guerra Mundial. A direção central da organização fica no Rio de Janeiro, mas existem seções regionais em outras partes do Brasil.
Detalhes e curiosidades sobre a campanha
• 21 submarinos alemães e dois italianos foram responsáveis pelo afundamento de trinta e seis navios mercantes brasileiros, causando mil, seiscentos e noventa e um (1691) náufragos e mil e setenta e quatro mortes (1074). Este foi o principal motivo que conduziu à declaração de guerra do Brasil aos países do eixo.
• A FEB permaneceu ininterruptamente duzentos e trinta e nove dias em combate. Como exemplo de comparação, das quarenta e quatro divisões americanas que combateram no norte da África e Europa entre novembro de 1942 e maio de 1945, apenas doze estiveram ininterruptamente mais dias em combate que a divisão brasileira.[13]
• Apesar do latente racismo de parte do alto oficialato da FEB[1][4] e da própria doutrina de então do exército brasileiro referente à formação de oficiais[14], a mesma era ao final de 1944 a única força miscigenada não oficialmente segregacionista entre as tropas aliadas combatentes na Europa.
• A FEB lutou contra nove divisões alemãs e três italianas, sofrendo quatrocentos e cinquenta e sete mortes, dois mil e sessenta e quatro feridos, e teve trinta e cinco homens aprisionados.
• As principais vitórias da FEB tiveram lugar em Massarosa, Camaiore, Monte Prano, Monte Acuto, San Quirico d'Orcia, Gallicano, Barga, Monte Castello, La Serra, Castelnuovo, Soprassasso, Montese, Paravento, Zocca, Marano sul Panaro, Collecchio e Fornovo di Taro. Ao longo de toda sua campanha aprisionou 2 generais, 493 oficiais e 19.679 soldados inimigos, tendo sido a maior parte dos prisioneiros ( 14.779 ) capturada em Fornovo.
• A FAB, com o 1º grupo de caça, teve abatidos dezesseis aviões, com perda de oito aviadores. Apesar de ter voado apenas 5% do total das missões efetuadas por todos os esquadrões sob o XXII comando aéreo tático aliado, entre novembro de 1944 e abril de 1945, neste período dentro desse total, foi responsável pela destruição de 85% dos depósitos de munição, 36% dos depósitos de combustível, 15% dos veículos motorizados (caminhões, tanques e locomotivas) inimigos, entre outras tarefas.[15] Assim, por seu desempenho teve honrosa citação do congresso dos Estados Unidos.
• Devido ao forte sexismo presente na sociedade brasileira da época, a participação de mulheres na FEB não era vista com bons olhos pelas autoridades, sendo desencorajada oficial e extra-oficialmente até mesmo na retarguarda em setores essenciais como enfermaria, sendo que nesta houve tentativa de boicote não apenas masculino, por parte de médicos militares brasileiros, mas inclusive de mulheres que se encontravam em posição de influência na política nacional[16].
• Antes da rendição das forças alemãs ser oficializada à 2 de maio de 1945, a 148ª divisão foi a única divisão alemã capturada integralmente, incluindo seu comando, por uma força aliada ( no caso, a 1ª Divisão Brasileira ) durante toda a campanha da Itália. Pois desde a invasão da Sicília em julho de 1943 até a ofensiva na primavera de 1945, todas as demais divisões alemãs, independente das perdas sofridas, conseguiram se retirar ao norte sem se renderem[17].
• Durante a tomada de Montese houve uma homenagem singular prestada a três soldados brasileiros que, em missão de patrulha, ao se depararem com toda uma companhia do exército alemão, tendo recebido ordem para se renderem, se recusaram e morreram lutando. Como reconhecimento à bravura e à coragem daqueles soldados, pela forma como combateram, os alemães os teriam enterrado em covas rasas e, junto às sepulturas colocado uma cruz com a inscrição "drei brasilianischen helden" (três heróis brasileiros). Eram eles - Arlindo Lúcio da Silva, Geraldo Baeta da Cruz e Geraldo Rodrigues de Souza [18] [19]-, existe hoje no pátio de formatura do batalhão a qual pertenciam um monumento que os reverência.

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