Papai Noel


Pai Natal ou Papai Noel ("Noël" é natal em francês) é uma figura lendária que, em muitas culturas ocidentais, traz presentes aos lares de crianças bem-comportadas na noite da Véspera de Natal, o dia 24 de dezembro, ou no Dia de São Nicolau (6 de dezembro). A lenda pode ter se baseado em parte em contos hagiográficos sobre a figura histórica de São Nicolau. Uma história quase idêntica é atribuída no folclore grego e bizantino a Basílio de Cesareia. O Dia de São Basílio, 1º de janeiro, é considerado a época de troca de presentes na Grécia.

Enquanto São Nicolau era originalmente retratado com trajes de bispo, atualmente Papai Noel é geralmente retratado como um homem rechonchudo, alegre e de barba branca trajando um casaco vermelho com gola e punho de manga brancos, calças vermelhas de bainha branca, e cinto e botas de couro preto. Essa imagem se tornou popular nos EUA e Canadá no século XIX devido à influência do caricaturista e cartunista político Thomas Nast. Essa imagem tem se mantido e reforçado por meio da música, rádio, televisão e filmes.

Conforme a lenda, Papai Noel mora no extremo norte, numa terra de neve eterna. Na versão americana, ele mora em sua casa no Polo Norte, enquanto na versão britânica frequentemente se diz que ele reside nas montanhas de Korvatunturi na Lapônia, Finlândia. Papai Noel vive com sua esposa Mamãe Noel, incontáveis elfos mágicos e oito ou nove renas voadoras. Outra lenda popular diz que ele faz uma lista de crianças ao redor do mundo, classificando-as de acordo com seu comportamento, e que entrega presentes, como brinquedos ou doces, a todos os garotos e garotas bem-comportados no mundo, e às vezes carvão às crianças malcomportadas, na noite da véspera de Natal. Papai Noel consegue esse feito anual com o auxílio de elfos, que fazem os brinquedos na oficina, e das renas que puxam o trenó.

O personagem foi inspirado em São Nicolau Taumaturgo, arcebispo de Mira na Turquia, no século IV. Nicolau costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco com moedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas. Foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos. Sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo inteiro.

Há bastante tempo existe certa oposição a que se ensine crianças a acreditar em Papai Noel. Alguns cristãos dizem que a tradição de Papai Noel desvia das origens religiosas e do propósito verdadeiro do Natal. Outros críticos sentem que Papai Noel é uma mentira elaborada e que é eticamente incorreto que os pais ensinem os filhos a crer em sua existência. Ainda outros se opõem a Papai Noel como um símbolo da comercialização do Natal, ou como uma intrusão em suas próprias tradições nacionais. Outros apontam a tradição de Noel como um bom exemplo de como as crianças podem aprender que podem ser deliberadamente enganadas pelos mais velhos, o que ajudaria a ensiná-las a ser cuidadosas em aceitar qualquer outra superstição ou crença infundada
Divulgação

Um Papai Noel (Santa Claus) no estado norte-americano do Alasca.Uma das pessoas que ajudaram a dar força à lenda do Papai Noel foi Clemente Clark Moore, um professor de literatura grega de Nova Iorque, que lançou o poema Uma visita de São Nicolau, em 1822, escrito para seus seis filhos. Nesse poema, Moore divulgava a versão de que ele viajava num trenó puxado por renas. Ele também ajudou a popularizar outras características do bom velhinho, como o fato dele entrar pela chaminé.

O caso da chaminé, inclusive, é um dos mais curiosos na lenda de Papai Noel. Alguns estudiosos defendem que isso se deve ao fato de que várias pessoas tinham o costume de limpar as chaminés no Ano Novo para permitir que a boa sorte entrasse na casa durante o resto do ano.

No poema, várias tradições foram buscadas de diversas fontes e a verdadeira explicação da chaminé veio da Finlândia. Os antigos lapões viviam em pequenas tendas, semelhantes a iglus, que eram cobertas com pele de rena. A entrada para essa “casa” era um buraco no telhado.As renas do Papai Noel ou do Pai Natal
As renas do Papai Noel ou de o Pai Natal são as únicas renas do mundo que sabem voar, ajudando o Papai Noel ou o Pai Natal entregar os presentes para as crianças do mundo todo na noite de Natal. Quando o Papai Noel ou o Pai Natal pede para serem rápidas, elas podem ser as mais rápidas renas do mundo. Mas quando ele quer, elas tornam-se lentas. O mito das renas foi inventado na Europa, no século XIX.

A quantidade de renas que puxam o trenó é controversa, tudo por causa da rena conhecida como Rudolph. Existe uma lenda que diz que Rudolph teria entrado para equipe de renas titulares por ter um nariz vermelho e brilhante, que ajuda a guiar as outras renas durante as tempestades. E, a partir daquele ano, a quantidade de renas passou a ser nove, diferente dos trenós tradicionais, puxados por oito renas. Tal lenda foi criada em 1939 e retratada no filme Rudolph, a Rena do Nariz Vermelho (1960 e 1998).

O nome das renas, em inglês são: Rudolph, Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donner e Blitzen. E em português são: Rodolfo, Corredora, Dançarina, Empinadora, Raposa, Cometa, Cupido, Trovão e Relâmpago.

A agência que controla o espaço aéreo americano (North American Aerospace Defense Command) também instalou um "Santa Tracker" ("Rastreador de Santa" Claus) em sete idiomas, onde se pode ver a localização atual e as próximas paradas de Papai Noel, acompanhado de suas legendárias renas[. O programa de rastreamento do Papai Noel pela agência é uma tradição que data de 1955, quando um anúncio no jornal Colorado veio com o número telefônico para conectar as crianças com o bom velhinho e algumas chamadas, por erro, caíram numa linha da NORAD[

A última e mais importante característica incluída na figura do Pai Natal é sua blusa vermelha e branca. Antigamente, ele usava cores que tendiam mais para o marrom e costumava usar uma coroa de azevinhos na cabeça, mas não havia um padrão.
Seu atual visual foi obra do cartunista Thomas Nast, na revista Harper's Weeklys, em 1886, na edição especial de Natal. Em alguns lugares na Europa, contudo, algumas vezes ele também é representado com os paramentos eclesiásticos de bispo, tendo, em vez do gorro vermelho, uma mitra episcopal
O envio de correspondências ao Papai Noel

Uma criança com o Papai Noel em um Shopping.Cartas para santos ou de cunho religioso são uma prática existente desde a antiguidade, mas apenas a partir do século passado surgiu no mundo o ato de enviar cartas ao Papai Noel como um cunho familiar, ou seja, os pais da criança leem as cartas dela, e com a condição de serem bem comportadas durante o ano, recebem o presente como sendo de autoria do Papei Noel; às vezes de forma tão ensaiada que chegam a acreditar fielmente em sua existência, identicamente ao coelho da páscoa.

Há, entretranto, versões oficiais ou semi-oficiais de papais noeis no mundo receptoras de correspondências, e correspondem de acordo com algum critério de seleção (presentes muito onerosos não são entregues por razões óbvias). É comum encontrá-los em shopping centers, praças centrais das cidades, hospitais e estabelecimentos públicos, etc. Na maioria destes lugares as cartas são entregues presencialmente ou depositadas no próprio ambiente.
No Brasil, os Correios oficialmente recebem cartas endereçadas ao Papai Noel desde 2001, e o número de mensagens correspondidas equivaleu em 2008 em aproximadamente metade, selecionadas de acordo com o contexto ou com o valor financeiro do presente. As mensagens são enviadas aos funcionários do Correios, mas todos os brasileiros podem se voluntarear como um Papai Noel directamente nas agências dos Correios do país.

Os correios dos países escandinavos também têm programas parecidos, mas preparados para correspondências de todo o planeta, uma vez que a Lapônia é terra dada como sendo oficialmente da origem do Papai Noel. Na Finlândia inclusive, todas as cartas dirigidas a Papai Noel ou Santa Claus e com endereço Lapônia ou Pólo Norte são direcionadas para a agência em Rovaniemi (capital da província laponesa), e segundo a própria agência, o endereço correto é: Santa Claus, 96930, Círculo Polar, Finlândia. As cartas recebidas com remetente recebem uma resposta em oito idiomas diferentes

QUAL O SIGNIFICADO ÁRVORE DE NATAL



A Árvore de Natal, conhecida em algumas regiões da Europa como “Árvore de Cristo”, desempenha papel importante na data comemorativa do Nascimento de cristo.

Os relatos mais antigos que se conhecem acerca da Árvore de Natal datam de meados do século 17, e são provenientes da Alsácia, encantadora província francesa.

Descrições de florescimentos de árvores no dia do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo levaram os cristãos da antiga Europa a ornamentar suas casas com pinheiros no dia do Natal, única árvore que nas imensidões da neve permanece verde.

A Árvore de Natal é um símbolo natalino que representa agradecimento pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.

O costume de preparar este belo complemento do presépio foi passando de vizinhança em vizinhança, alcançando hoje até países onde a neve é um fenômeno desconhecido.

Mas, qual é mesmo a origem esotérica da Árvore de Natal? Agora ela se tornou popular, mas sua real origem é popular ou hierática? Criada para abrigar toda uma simbologia esotérica, espiritual?

Para os gnósticos, a Árvore de Natal tem profunda concordância com as tradições Alquímicas, Cabalísticas e Cósmicas de todas as tradições. Todos os presentes, os enfeites, as cores etc. têm um significado profundo e altamente simbólico.

Portanto, ao se montar a Árvore de Natal, lembre-se de compô-la de acordo com a tradição, criando-a para carregar o ambiente onde ela está com vibrações bastante positivas. Em seguida, algumas dicas para se montar uma Árvore de Natal Gnóstica.

O que Representa a Árvore: A Árvore de Natal representa o Diagrama Cabalístico da Vida, chamado de Árvore Cabalística ou Árvore Sefirótica. Nesse Diagrama está representada toda a vida e todas as dez dimensões do Universo. Esta Árvore possui dez galhos, que vão desde Kether (o Pai todo perfeito) até Malkuth (o mundo físico).

Árvore Cabalística
Tipo de Árvore: Se possível, que seja um pinheirinho, já que esta árvore representa a energia luminosa da Era de Aquárius. O pinheiro é, na verdade, o símbolo da Era Aquariana. Mas podem ser plantas especiais e mágicas, como a romãzeira, o cipreste, o zimbro etc.

Localização da Árvore: Sugere-se colocar a árvore de Natal ao centro da sala ou no leste, aonde o Sol nasce. É apenas uma sugestão, caso não haja essa possibilidade, qualquer local será apropriado para isso.

Como Enfeitar a Árvore: Sempre de cima para baixo, respeitando as forças descendentes do Espírito Divino que vêm para nos abençoar aqui no plano físico.

No Topo da Árvore: Fixe uma estrela dourada, esta representa nossa Estrela Interior que anseia nos guiar na peregrinação da vida, é o nosso Espírito Divino que precisa nascer em nossa Consciência (o topo de nossa Alma é a Consciência). Porém NUNCA ponha a estrela de ponta cabeça, se esta for de cinco pontas.

Os Enfeites: Os enfeites alegorizam virtudes, poderes e forças espirituais que devem triunfar dentro de nós, e também dentro da casa onde está a Árvore. Vejamos os principais enfeites-símbolos:

1. Os 3 Sininhos: Simbolizam a Santíssima Trindade, as três Forças Primárias do Cosmos;

2. Os 7 Anjinhos: Representam os 7 Espíritos Angélicos Santificados, que estão diante de Deus intercedendo por todos nós;

3. As 12 Bolas: Podem ser mais, obviamente, mas as maiores devem ser ao todo 12, e este número representa as 12 Leis Crísticas, os 12 Salvadores e os 12 Cavaleiros da Távola Redonda, os Apóstolos, que nos protegem de todo o mal para algum dia encontrarmos as 12 Verdades de Cristo;

4. As 7 Bengalinhas: Simbolizam as 7 Kundalinis que devemos trabalhar para encarnar nossos Poderes que Divinizam;

5. Os Enfeites: Ao pé da Árvore, representam todas as virtudes que queremos alcançar em nossa vida espiritual; podem ser pequenas caixinhas, elas representam essas virtudes e podem ser de cores variadas.

A Vela Quadrada de Cor Amarela: Deve ser posta na base da Árvore ou próxima a ela (porém, obviamente, com segurança). E durante toda a semana de Natal, acendê-la para que toda a árvore natalina se transforme num carregador de energia astral altamente positivo. Recomenda-se que uma mulher (caso seja possível, grávida) acenda essa vela.

Recipiente com Água: Deve ser posto do lado da vela acesa, pode ser uma pequena jarra com água (obviamente coberta, para não cair nenhuma impureza). Representa que devemos nos purificar com Água e com Fogo para iniciarmos verdadeiramente a construção de nossa Árvore Natalícia Interna! E na noite de Natal, dê essa água de beber a todos os membros da família e convidados, ou a distribua aos enfermos; ou então, molhe as plantas de sua casa, pedindo aos elementais da Natureza proteção, harmonia e prosperidade a todos os que moram nesse lar…

Que a Luz do Cristo Cósmico ilumine sua casa com essa maravilhosa representação esotérica que é a Árvore Natalina!

Lembre-se: essas são somente algumas sugestões de objetos simbólicos para sua árvore de Natal. Você também pode usar outros símbolos sagrados de seu conhecimento, desde que colocados ali com muita reverência, sempre lembrando do Aniversariante.

A data sugerida para se montar a Árvore Gnóstica de Natal é 1º de dezembro. E sua retirada, no Dia de Reis, 6 de janeiro.

17/11/1869 - Inauguração do Canal do Suez


O Canal do Suez é um canal artificial de água que separa a África da Ásia e une o mar Mediterrâneo ao mar Vermelho, através do istmo do Suez. Entre Porto Said e Suez, a distância é de 163 km.

O canal está localizado em território egípcio. No dia 17 de fevereiro de 1867, o primeiro barco atravessou o canal, ainda que a inauguração oficial tenha sido em 17 de novembro de 1869.

17/11/1989 - Início da Revolução de Veludo, que levou à queda do comunismo na Tchecoslováquia


A criação da Tchecoslováquia foi o resultado de uma longa luta dos tchecos contra o governo austríaco. A união dos territórios tchecos e eslavos foi oficialmente proclamada em Praga, no dia 14 de novembro de 1918. O Tratado de Saint German reorganizou a nove república. A Tchecoslováquia herdou grande parte das indústrias da monarquia austro-húngara, por isso era economicamente mais favorecida.

Beneficiada por uma constituição liberal e democrática e estadistas capacitados, a nova república parecia ter um futuro brilhante. A redistribuição de alguns bens da antiga nobreza e da igreja melhorou as condições de vida da classe agrária. Na política externa, a Tchecoslováquia contava com a ajuda da França e uma pequena aliança com a Iugoslávia e a Romênia.

Porém, a união estável dos estados ainda estava longe. Elementos antagônicos e nacionalismo étnico refletiam a fraqueza do Império de Hapsburg. Os tchecos e eslavos tinham histórias separadas e grandes diferenças religiosa, cultural e de tradição social. A constituição de 1920, que montou um estado unitário altamente centralizado, falhou ao não levar em conta o problema das minorias nacionais. Os alemães e húngaros da Tchecoslováquia se rebelaram contra os acordos territoriais. O Partido Eslavo acusou o governo tcheco de negar a autonomia prometida à Eslováquia.

A subida de Hitler na Alemanha, a anexação da Áustria pelos alemães, a agitação pela autonomia da Eslováquia e a política de apaziguamento dos poderes ocidentais deixaram a Tchecoslováquia sem aliados, exposta à hostilidade alemã. O problema nacionalista levou à crise européia quando a minoria nacionalista alemã, comandada por Konrad Henlein, apoiado por Hitler, exigiu a união dos distritos predominantemente alemães com Alemanha. Em novembro de 1938, a Tchecoslováquia foi reconstituída em três unidades autônomas: Bohemia e Moravia, Eslováquia e Rutênia.

Em abril de 1944, forças soviéticas, acompanhadas pelo governo de coalizão tcheco, liderado por Edvard Benes, e as tropas americanas entraram na Tchecoslováquia. A queda de Praga, em 12 de maio de 1945, marcou o fim das operações militares na Europa. As tropas soviéticas e americanas se retiraram no ano seguinte. Na Conferência de Potsdam de 1945, foi aprovada a expulsão de aproximadamente 3 milhões de alemães da Tchecoslováquia. O território da nação foi restaurado, com exceção da Rutênia, que foi cedida à URSS.

Nas eleições de 1946, o partido comunista obteve um terço dos votos e tornou-se dominante na coalizão liderada por Klement Gottwald. Benes foi eleito presidente. A pressão soviética não permitiu que a Tchecoslováquia aceitasse a ajuda do Plano Marshall. Durante o verão de 1947, os comunistas começaram uma campanha de agitação política e intrigas, que deram a eles o completo controle do governo, em fevereiro de 1948. Em março, Jan Masaryk, um ministro estrangeiro não-comunista, morreu em circunstâncias misteriosas. Após a adoção de uma nova constituição, a nova legislatura foi eleita e foi decretado um programa de nacionalização da economia.

A Tchecoslováquia tornou-se um Estado ao estilo soviético. As liberdades política e cultural foram abolidas. Em 1953, várias revoltas refletiram o descontentamento com a economia. Uma modesta liberalização da economia foi iniciada, mas foi paralisada em novembro de 1957, quando Antonin Novotný tornou-se presidente.

Em 1960, uma nova constituição foi promulgada. Outro movimento cauteloso em direção a liberalização foi iniciado em 1963. As repressões à imprensa, à educação e às atividades culturais diminuíram e as autoridades aumentaram sua autonomia econômica. A lentidão da economia e o ressentimento eslavo sobre administração Antonin Novotný tiveram um desenvolvimento surpreendente em 1968. O eslavo Alexander Dubcek substituiu Novotný na liderança do partido em janeiro.

Ludvik Svoboda tornou-se presidente em março. Com Dubcek, no que ficou conhecido como Primavera de Praga, a democratização foi mais intensa do que em outros países. A censura à imprensa foi reduzida e a restauração da democracia política parecia possível. A Eslováquia conseguiu sua autonomia. Seriamente alarmada, com o que interpretou como uma grave ameaça à segurança e à supremacia soviética, a URSS e alguns de seus aliados do Pacto de Varsóvia invadiram a Tchecoslováquia em agosto de 1968. Dubcek e outros líderes foram presos em Moscou. Uma constituição revisada foi promulgada. Em abril de 1969, Dubcek deixou a liderança do partido e, em junho de 1970, foi expulso.

No final de 1989, massivas demonstrações contra o governo em Praga foram inicialmente reprimidas pela polícia, mas uma onda de democratização avançava pelo Leste da Europa e a liderança do Partido Comunista renunciou, em novembro. Em dezembro, um novo gabinete, não-comunista, assumiu o governo e o dramaturgo Václav Havel foi eleito presidente. Em 1990, a nação começou a transição para uma economia de mercado, com um programa amplo, projetado para encorajar a iniciativa privada.

A "Revolução de Veludo" foi completada com êxito após a partida das últimas tropas soviéticas, em maio de 1991, e a eleição parlamentar, em junho de 1992. Um movimento forte de secessão na Eslováquia levou à declaração formal, em 26 de agosto de 1992, da separação entre a República Tcheca e a Eslováquia, que foi oficializada em 1 de janeiro de 1993.

1959 | Morre Heitor Villa-Lobos


Filho de um funcionário da Biblioteca Nacional e violoncelista amador, Heitor Villa-Lobos aprendeu cedo os primeiros acordes. Aos seis anos ouvia a tia Zizinha tocar o Cravo Bem Temperado, enquanto nas ruas do Rio de Janeiro, grupos de músicos amadores tocavam nas noites de festa. A vida musical na infância oscilava, assim, entre Bach e as serenatas dos chorões. Quando perdeu o pai, aos 12 anos, decidiu aprender por conta própria violão e cavaquinho.

Aos 18, contrariando a vontade da mãe de fazer dele um médico, juntou-se aos chorões. Como músico ambulante viajou ao Espírito Santo, Bahia e Pernambuco. De volta ao Rio, inscreveu-se no Instituto Nacional de Música do Rio de Janeiro, mas sentia “mais prazer em absorver o folclore que passava sob as suas janelas do que ouvir o arrazoar dos explicadores”.

Museu Villa Lobos
Heitor Villa-Lobos (1887-1959) aprendeu a tocar sozinho quando criança e se tornou um gênio da música AmpliarDepois de uma nova viagem, ao norte e ao nordeste, onde recolheu mais de mil temas que utilizaria na sua obra, completou a sua formação autodidata dedicando-se ao estudo dos grandes mestres e dos tratados de harmonia e orquestração. Casou-se com a pianista Lucília Guimarães, tocou violoncelo nas orquestras dos teatros e dos cinemas cariocas e compôs suítes sobre temas infantis brasileiros.

O ano de 1915 marcou o início da apresentação oficial no Rio de Janeiro, de Villa-Lobos como compositor. Sua música provocou ira nas forças passadistas. Em 1922, enfrentou com suas Danças Africanas a indignada platéia da Semana de Arte Moderna e compôs duas sinfonias encomendadas pelo Governo. No ano seguinte, Villa-Lobos embarcou para a França, não para estudar ou se aperfeiçoar, mas para conquistar, levando na bagagem a imensa obra já composta.

Cinco anos depois, voltou à Europa com a batuta na mão, para reger as principais orquestras do continente e apresentar ao mundo os Choros, as Serestas, a Missa de São Sebastião. Villa-Lobos preocupava-se com o descaso com que a música era tratada nas escolas brasileiras e acabou por apresentar o revolucionário Plano de Educação Musical ao Governo de São Paulo.

Após dois anos de trabalho, o compositor das Bachianas Brasileiras, foi convidado por Anísio Teixeira a organizar e dirigir a Superintendência de Educação Musical e Artística, que introduzia o ensino da Música e o Canto Coral nas escolas.

Com o apoio do então presidente Getúlio Vargas, organizou concentrações orfeônicas grandiosas que chegaram a reunir, sob sua regência, até 40 mil escolares. Apresentou-se pela primeira vez nos Estados Unidos em 1944. Nos anos seguintes, já casado com D. Mindinha, realizou inúmeras turnês, onde regeu e gravou suas obras, recebeu homenagens e encomendas de novas partituras, além de ter travado contato com grandes nomes da música americana, fechando, assim, o ciclo de sua consagração internacional.

Viaja novamente para a Europa em 1927, financiado pelo milionário carioca Arnaldo Guinle. Desta segunda viagem retorna em 1930, quando realiza turnê por sessenta e seis cidades. Realiza também nesse ano a " Cruzada do Canto Orfeônico" no Rio de Janeiro. Seu casamento com Lucília termina na década de 1930. Depois de operar-se de câncer em 1948, casa-se com Arminda Neves d'Almeida a Mindinha, uma ex-aluna,8] que depois de sua morte se encarrega da divulgação de uma obra monumental. O impacto internacional dessa obra fez-se sentir especialmente na França e EUA, como se verifica pelo editorial que o The New York Times dedicou-lhe no dia seguinte a sua morte. Villa-Lobos nunca teve filhos
Em 1960, o governo do Brasil criou o Museu Villa-Lobos no Rio de Janeiro